A Guerra da esquerda
Sábado foi dia de manifestações contra a guerra no Iraque. Em relação a este assunto já quase tudo foi dito e escrito. Por isso apenas acrescento meia dúzia de comentários
Observação:
Muitos dos que agora encabeçaram as manifestações em Lisboa tinham desfilado anos antes pelas ruas de Lisboa … para exigir aos Estados Unidos uma intervenção em Timor!
Espanto
Surpreende-me que ao gritar «o povo quer a paz» se esteja a esquecer uma condição prévia para querer paz ou outra coisa qualquer: estar vivo. Mais de um milhão de iraquianos mortos por Saddam alcançaram a paz mais cedo do que o normal. Mas não na Terra.
Pergunta
Quantos dos que se manifestaram em Paris teriam nascido se, há 59 anos atrás, os americanos não tivessem vindo em socorro de uma Europa dominada por Hitler?
Facto
Saddam é responsável pela morte de muitos iraquianos cujo único crime foi discordarem do regime, pertencerem à etnia Curda ou serem necessários para testar mais uma arma química a utilizar futuramente contra um país ocidental.
Para além disso morrem mensalmente cerca de cinco mil crianças iraquianas devido a desnutrição e falta de medicamentos resultantes das sanções impostas pela ONU. Poder-se-á atribuir a culpa às Nações Unidas? Não. A culpa é de um ditador que utiliza imagens dessas crianças agonizantes para impressionar o Ocidente em lugar de as ajudar. O que acontece é que o dinheiro que deveria ser gasto em alimentação e medicamentos é desbaratado em palácios sumptuosos e armas.
Constatação
Passadas quase seis décadas sobre apelo de Winston Churchill à criação duma "espécie de Estados Unidos da Europa", o velho continente continua a evoluir para a união política e económica, deixando de lado a questão militar.
Ainda há bem pouco tempo a Europa assistiu, impávida e serena, aos massacres na Bósnia. Mais tarde imploraram aos americanos que viessem resolver o conflito no Kosovo para que a situação não se repetisse. Isto demonstra claramente que não é possível uma verdadeira união económica e social sem que seja desencadeado um processo semelhante no campo da Defesa.
Conclusão
Agora compreendo a maltinha de esquerda que acusa os americanos de aspirarem a ser a «polícia do mundo». Na verdade esta rapaziada queria era que eles aceitassem ser os «bombeiros do mundo»: só actuavam quando eram chamados.
Preocupação final
O que me inquieta não é a guerra, pois essa fará menos vítimas do que o regime de Bagdad faz num mês. O que me preocupa é o Iraque pós-Saddam e em relação a isso não se tem discutido nada.
WALDORF
Sábado foi dia de manifestações contra a guerra no Iraque. Em relação a este assunto já quase tudo foi dito e escrito. Por isso apenas acrescento meia dúzia de comentários
Observação:
Muitos dos que agora encabeçaram as manifestações em Lisboa tinham desfilado anos antes pelas ruas de Lisboa … para exigir aos Estados Unidos uma intervenção em Timor!
Espanto
Surpreende-me que ao gritar «o povo quer a paz» se esteja a esquecer uma condição prévia para querer paz ou outra coisa qualquer: estar vivo. Mais de um milhão de iraquianos mortos por Saddam alcançaram a paz mais cedo do que o normal. Mas não na Terra.
Pergunta
Quantos dos que se manifestaram em Paris teriam nascido se, há 59 anos atrás, os americanos não tivessem vindo em socorro de uma Europa dominada por Hitler?
Facto
Saddam é responsável pela morte de muitos iraquianos cujo único crime foi discordarem do regime, pertencerem à etnia Curda ou serem necessários para testar mais uma arma química a utilizar futuramente contra um país ocidental.
Para além disso morrem mensalmente cerca de cinco mil crianças iraquianas devido a desnutrição e falta de medicamentos resultantes das sanções impostas pela ONU. Poder-se-á atribuir a culpa às Nações Unidas? Não. A culpa é de um ditador que utiliza imagens dessas crianças agonizantes para impressionar o Ocidente em lugar de as ajudar. O que acontece é que o dinheiro que deveria ser gasto em alimentação e medicamentos é desbaratado em palácios sumptuosos e armas.
Constatação
Passadas quase seis décadas sobre apelo de Winston Churchill à criação duma "espécie de Estados Unidos da Europa", o velho continente continua a evoluir para a união política e económica, deixando de lado a questão militar.
Ainda há bem pouco tempo a Europa assistiu, impávida e serena, aos massacres na Bósnia. Mais tarde imploraram aos americanos que viessem resolver o conflito no Kosovo para que a situação não se repetisse. Isto demonstra claramente que não é possível uma verdadeira união económica e social sem que seja desencadeado um processo semelhante no campo da Defesa.
Conclusão
Agora compreendo a maltinha de esquerda que acusa os americanos de aspirarem a ser a «polícia do mundo». Na verdade esta rapaziada queria era que eles aceitassem ser os «bombeiros do mundo»: só actuavam quando eram chamados.
Preocupação final
O que me inquieta não é a guerra, pois essa fará menos vítimas do que o regime de Bagdad faz num mês. O que me preocupa é o Iraque pós-Saddam e em relação a isso não se tem discutido nada.
WALDORF
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