ENSINO SUPERIOR – II
Parece que as propinas diferenciadas estão a preocupar muita gente. E não se percebe porquê? A Educação é um serviço, certo? Os serviços fixam os preços em função dos custos, certo? Então onde é que está a novidade? Muito me espanta que não percebam que um aluno de Medicina custe mais do que um de Sociologia. E que, portanto, deva pagar mais propinas. A compensação dá-se com entrada no mundo do trabalho: o que pagou mais vai receber mais. Muito mais.
Uma alternativa para «normalizar o preço» seria pedir aos alunos dos cursos caros que depois de licenciados devolvessem a diferença que não pagaram enquanto estudantes. Uhm?
Quanto ao facto de serem as universidades/politécnicos a fixar das propinas não se preocupem: o CRUP e o CCISP logo arranjam uma «tabela» por áreas de estudo.
Por fim, o aumento das propinas. Mesmo no preço máximo, o que um estudante universitário paga por mês (5% da população) não dá para pagar 1/3 do que se paga num infantário pelo mesmo período. E pelo infantário passam todos: pobres e ricos.
Já agora deixem-me dizer-lhes que ninguém interrompe os estudos superiores por causa do aumento do valor das propinas!
WALDORF