quinta-feira, abril 24, 2003

ENSINO SUPERIOR – V
E quanto à representatividade nos órgãos? Batatas! Tanto barulho para nada.
Na velha tradição estudantil, toda a gente protesta, mas ninguém sabe muito bem do que fala. O documento orientador diz: «os órgãos colegiais terão obrigatoriamente uma participação maioritária de docentes e investigadores». Muda alguma coisa? Não! Cá o velho Waldorf, que tem 3 anos de experiência em associativismo no Ensino Superior, sabe que, de facto, o corpo docente já era maioritário graças às inerências. E mesmo que assim não fosse, basta pedir uma acta de reuniões desses órgãos para se constatar que os alunos faltam tanto às reuniões como às aulas.
A presente proposta mantém a representatividade dos discentes e isso é que é essencial. Para quê ter um órgãos com 50% de discentes se só um ou dois, geralmente bem catequizados por terceiros, é que falam nas reuniões.
E se, como diz a relativa Mariana, alguns professores votam para defender o seu emprego, então os alunos só têm que aproveitar os habituais arrufos inter-departamentais para fazer valer a sua posição. Assim tipo: Bem unidos façamos desta luta final uma terra sem amos (…) trá lá lá.
WALDORF