quinta-feira, abril 24, 2003

HAVERÁ TESTES PARA ISTO?
Li na Terra da Teoria de Einstein um poste da menina Mariana, muito preocupada com a perda de poder de decisão de alunos e funcionários nas universidades. Percebo o que assusta a gaiata. Professores a decidir currículos de cursos de licenciatura e mestrado, professores a decidir critérios de avaliação e calendários de exames, professores a decidir programas das disciplinas ainda podem melhorar a exigência e qualidade do Ensino Superior em Portugal. E se isso acontecesse, como é que a menina Mariana teria coragem de exigir a extinção do Lynce?
Agora é a sério (técnica do Animal - primeiro ajavarda-se e depois fala-se a sério).
Há alguma coisa de incompreensível em estatutos que atribui a estudantes - e mais ridículo, a funcionários - decisões sobre as questões científicas para as quais não estão necessariamente preparados. Um aluno pode reprovar vezes sem conta no exame de Álgebra Linear mas lá tem o seu votinho para decidir sobre um doutoramento em Matemática. Um funcionário com o 7º ano pode votar a inclusão ou não da disciplina de Sociologia da Arte na licenciatura em Sociologia.
Esta representatividade "popular" nas universidades divide-se em três dimensões: para questões de funcionamento burocrático e administrativo não lhe vejo grande mal. Nas pedagógicas tenho algumas dúvidas. Nas científicas discordo absolutamente.
STATLER