sexta-feira, maio 23, 2003

CANIMABALA
Depois de tantas semanas a ouvir falar em cabalas nos media, decidi que também quero uma. (com as minhas desculpas aos companheiros do complot, mas, compreendam, estamos numa economia de mercado e a livre concorrência é sagrada...).
Assim, promovi um brainstorming comigo próprio e decidi criar uma sociedade secreta, cujos princípios passo a transcrever.

- A sociedade secreta (adiante designada como "sociedade"), atendendo à sua natureza, não tem nome. Nem sigla. Nem logotipo.
- A sociedade pauta-se pela total ausência de propósitos, objectivos, estratégias, ideais a atingir, etc.
# único: a única excepção à total ausência de propósitos, consiste no dogma da sua própria negação.
- A sociedade tem a sua sede em local desconhecido.
- A sociedade inspira-se na estética das tríades chinesas e do KuKluxKlan. Trata-se de uma orientação estética transversal e pós-moderna.
# único: no entanto, isso não significa absolutamente nada.
- As reuniões dos membros da sociedade serão feitas à porta fechada, em escuridão total, de olhos vendados e em silêncio absoluto.
# a acta de cada reunião será redigida por um secretário anónimo e destruída de imediato;
# os membros abandonam a sala com 30 minutos de intervalo entre si, sendo assassinados à saída por um grupo de operacionais da sociedade. Os assassinatos deverão ser executados com distintas metodologias, para evitar o reconhecimentos de padrões.
# assassinado o último participante, os operacionais tomam o seu comprimido regulamentar de cianeto, mergulhando de seguida num tanque de ácido especialmente preparado para o efeito.
- Todos os casos omissos nestes princípios, atendendo às características intrínsecas da sociedade, manter-se-ão omissos até à sua discussão silenciosa na reunião seguinte.
Animal Grão-Mestre e Guru Supremo