PÃO E CIRCO II
Continuando a ler os jornais do dia que se finda, lá para os fundos do Público, provavelmente entre os classificados do Relax e a Necrologia, fiquei a saber que o Presidente da República aproveitou ontem a cerimónia de entrega do Prémio Bial 2002, em Coimbra, para apelar ao Governo a que "aumente o investimento na área da ciência em 20 ou 30 por cento". "Isso, sim é que era uma aposta", disse, sublinhando que "sem ela não há inovação, e sem inovação [os portugueses] não chegarão onde as condições humanas lhes permitem chegar".
Deduz-se que pelos critérios de relevância dos editores, estas declarações não passem de fait-divers, de matéria para preencher os espaços não ocupados pela publicidade. O governo estará, com toda a certeza, sintonizado com esses critérios, e dará ao Presidente da República a atenção adequada a este apelo: absolutamente nenhuma.
Ao contrário do governo, os promotores do Prémio Bial apoiam a investigação e a criatividade. Mas isso, todos o sabemos, são coisas menores. O que realmente importa é estabilizar o défice.
ANIMAL
Continuando a ler os jornais do dia que se finda, lá para os fundos do Público, provavelmente entre os classificados do Relax e a Necrologia, fiquei a saber que o Presidente da República aproveitou ontem a cerimónia de entrega do Prémio Bial 2002, em Coimbra, para apelar ao Governo a que "aumente o investimento na área da ciência em 20 ou 30 por cento". "Isso, sim é que era uma aposta", disse, sublinhando que "sem ela não há inovação, e sem inovação [os portugueses] não chegarão onde as condições humanas lhes permitem chegar".
Deduz-se que pelos critérios de relevância dos editores, estas declarações não passem de fait-divers, de matéria para preencher os espaços não ocupados pela publicidade. O governo estará, com toda a certeza, sintonizado com esses critérios, e dará ao Presidente da República a atenção adequada a este apelo: absolutamente nenhuma.
Ao contrário do governo, os promotores do Prémio Bial apoiam a investigação e a criatividade. Mas isso, todos o sabemos, são coisas menores. O que realmente importa é estabilizar o défice.
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