quinta-feira, maio 15, 2003

A RAIVA
No poste anterior referi-me à atitude de soberba e desprezo com que os homens (e mulheres, MVS, e mulheres...) das Ciências Sociais e das Letras revelam para com as "ciências duras" ou "exactas". A questão é preocupante porque essa atitude decorre da concepção "crítica" da Ciência. Como Horkheimer e Adorno nos tempos de meninice, esta gente pensa que a Ciência só serve o Homem se criticar a sociedade burguesa capitalista - e o positivismo. E aqui bate o ponto. Para os filhos e netos da Teoria Crítica, as ciências exactas são excessivamente positivistas. Pouco críticas. Os pós-modernos dizem que a Ciência não é conhecimento, é apenas um discurso sobre a realidade. BSS, num livrinho famoso, atribui a mesma validade científica à física, à poesia e à astrologia. Os Marretas, na esteira porventurista, estão já a pensar num debate entre João Magueijo, Pedro Mexia e Maya intitulado "A Complexidade Pós-Burocrática da Velocidade da Luz: Um Anátema Filosófico do Totalitarismo Positivista".
STATLER