sexta-feira, junho 13, 2003

HISTÓRIA DA LEITERATURA
O Abrupto e A Montanha Mágica fartaram-se de trocar postes sem se insultarem. O assunto era um livro do Thomas Mann com o mesmo nome de um dos blogues. Além do óbvio aborrecimento que tanos postes sem nenhuma falta de educação causa aos leitores e outros bloguers, há também a questão: mas quem é que já leu tamanho calhamaço?
Os Marretas, como serviço público de primeira, sintetizam o livro, para todos os que têm vida sexual activa e impeditiva de ler coisas tão grandes, mas gostam de acompanhar os blogues sem perder pitada.

A Montanha Mágica
O personagem principal é Hans Castorp (não o de Mármore), gajo homossexual e marrão. Vai para os Alpes à procura da Heidi, mas encontra o Pedro e apaixona-se pela Cabrinha Branca. Comeu-a uma vez num fantástico refogado, mas o rapaz gostava mais de livros. Ficou sete anos na Montanha Mágica, uma cena parecida com a Montanha Russa, mas com mais voltinhas.
Lá encontra dois esgroviados, um intelectual humanista saído do FSP e um reaccionário radical (ou miguelista liberal). O Hans aprende tudo o que eles dizem e fica meio esquizóide e inicia um blogue: Cruzes Intermitentes. Mas não lhe serviu de nada porque no fim do livro aqueles tipos morrem e o gajo tem de marchar para a Guerra. E a malta da tropa não atina muito bem com bloguers intelectuais, é o que é.
No livro há ainda Peeperkorn, da direcção do Não Te Prives - Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais. Um tipo que vive para o sexo e que se mata quando a coisa não dá mais. Aqui encontramos a grande debilidade narrativa do livro: E os dedos, Mann? E a língua? Há escritores que falam do que não gostam ou não conhecem e depois dá nisto...
MORAL: a guerra acaba com a cultura, o sexo acaba com um gajo.
STATLER