terça-feira, julho 22, 2003

EIA! GANDA POSTE!
O Resistência Islâmica enviou uma circular a alguns (nós incluídos) blogues, pedindo um comentário sobre a quantidade de insultos que chovem na sua (deles) caixa de correio.
Talvez o Statler ou o Waldorf, ou o Chefe Sueco ou a Janice tenham outras perspectivas do problema, mas a gente aqui fala em nome individual, e só se compromete a si próprio. Claro que no meu caso, posso sempre alegar inimputabilidade…
A questão é simples e explica-se em duas palavras: estupidez congénita.
O medo da diferença, o medo do outro-diferente-de-mim-ou-dos-meus-vizinhos é provavelmente o motor da maioria dos insultos. Associado a esse medo, o comportamento covarde do anonimato ou do nome falso.
Isto, independentemente de se tratar de um blogue que tenta, civilizadamente, passar uma mensagem de tolerância e apaziguamento, de uma espiritualidade diversa mas perfeitamente compatível com a religião dominante. Fosse um blogue de veganos, de homossexuais, de budistas ou ateus, de adeptos da Harley-Davidson ou do Sporting, choveriam inevitavelmente insultos e ameaças de quem, não querendo compreender ou aceitar a diferença, opta pela solução mais fácil: a sua perseguição e destruição.
Eu, graças a Deus, sou ateu. Portanto falo com toda a descontracção: não acredito no vosso Alá, tal como não acredito no Jeová dos Judeus, ou no Deus dos Cristãos: vejo-os a todos como fantasias produzidas por mentes criativas, à procura de respostas e justificações para o nonsense da existência. São, no fundo, esses e todos os outros deuses, criações poéticas, umas mais suaves, outras mais sanguinárias, produções artísticas que reflectem o ânimo de quem as inventou. Segui-las, levá-las a sério, para mim é uma impossibilidade. Fazer guerras, aprisionar, trucidar e esquartejar quem não partilha o mesmo catecismo, isso, por favor…
Não tento, sequer, compreender, o que leva as pessoas a abraçar uma crença. Limito-me a verificar o facto e a aceitá-lo. Desde que não queiram obrigar-me a fazer o mesmo, o lema é vive e deixa viver.

N. sobre "a estupidez do simbolo do Islão", conter uma impossibilidade astronómica, que é a "Lua em crescente com uma estrela a ocupar o espaço que estaria reservado à percentagem oculta da lua" e essa estrela simbolizar o planeta Vénus, deixo uma pergunta: haverá símbolo mais estúpido que um instrumento de morte para uma religião que faz da vida um valor inquestionável? Semiólogos da teologia, deixem lá as explicações-padrão, que já as conheço. Não seria muito mais adequado, muito mais positivo e pró-vida o símbolo inicial dos Cristãos, os peixes? Já agora, para um update da simbologia cristã, porque não uma cadeira eléctrica?
Se alguém ficou ofendido, paciência. Não foi intencional, mas não me retracto.
ANIMAL