sexta-feira, julho 11, 2003

O BLOG PODE ESPERAR
Esta é uma crónica atrasada, porque há teclados que não colaboram.
Depois de muitos “copy/paste” das letras com acento, acabei por desistir. Meter (um post, bem entendido) nestas condições é para esquecer. Por isso só hoje coloco estas pequenas histórias sobre uma curta viagem de trabalho. Apesar do atraso, ainda saem antes da próxima edição do jornal do saco.

O GERENTE (quase) INTELIGENTE
Apesar de aberto ao tráfego, o novo aeroporto de Munique continua em obras. Por isso faltam coisas fundamentais como máquinas Multibanco. Como precisávamos de dinheiro, fomos a uma dependência do American Express levantar uns cobres.
Quando chegámos ao balcão, o gerente chamou o estagiário e, recorrendo ao seu melhor inglês, foi colocando questões enquanto olhava para o estagiário, como que a dizer: estás a ver, se te aplicares talvez venhas a ser como eu.
A aula prática estava a correr às mil maravilhas, até que o gerente perguntou: Portugal is in Europe?
Apeteceu-me logo oferecer-lhe um emprego no mesmo filme que o Berlusconi sugeriu ao deputado alemão!

CHEESE?
Com o dinheirito no bolso, lá fomos procurar um restaurante. Mais uma vez a coisa correu mal: o sítio é novo e a oferta é pequena. Sentámo-nos numa espécie de “Loja do Pão”. Só havia ementas em alemão, por isso perguntámos o que havia para comer. O homem explicou-nos que tinham um pão feito com base numa receita do século XVII. Tá bem, tá. O pão é que devia ter quatro séculos, tal era a dureza. Os meus colegas optaram por um pão “típico” barrado com uma massa a que eles chamavam galinha. Eu pedi dois croissants. Até aqui tudo bem. O pior foi quando disse que os queria com queijo. Cheese? , perguntou o empregado umas 20 vezes, enquanto comentava o pedido com os colegas. Gandas malucos, a comer croissant com queijo!
Já nem disse que também queria fiambre, senão o homem ainda chamava a segurança!

ELES ANDEM AÍ
Chegámos ao destino e, como é da praxe, fomos conhecer a noite lá do sítio. Como para eles já era tarde (quase meia-noite), havia pouca gente na rua. Entrámos no bar e exclamámos: Fixe, finalmente um sítio onde não conhecemos as fuças de ninguém. Falámos antes do tempo. Um olhar mais atento descortinou o Zahovic na mesa do canto mas, vá lá, o gajo não nos reconheceu.

VAMOS NESSA, VANESSA
Na manhã de Sábado decidimos ir visitar Graz, capital europeia da cultura. Alugámos um carro e, quando estávamos a chegar vimos uma placa que dizia qualquer coisa tipo: Viena 200km. Bem, por auto-estrada é uma hora e meia. Vamos nessa, Vanessa.
Imaginem que se chega ao centro de Viena sem necessidade de um mapa. Estes gajos arrumadinhos e organizadinhos são uns chatos.
Almoço em Viena, concerto de jovens músicos na rua, visita ao Albertina e à catedral e preparávamo-nos para voltar quando alguém descobriu que Bratislava ficava a escassos 60 quilómetros. Vamos nessa, Vanessa. Visita rápida ao centro da cidade, jantar e um copo na discoteca da moda, com direito a show lésbico.
Ainda alguém falou em Budapeste, mas àquela hora da noite a Vanessa já não ia nessa. Regresso a casa. Três horas depois estava tudo a dormir.
Só aqui percebemos o conceito de centro e periferia. Estamos mesmo no hemorroidal da Europa!

REGRESSO
Nada a declarar, excepto o facto de o aeroporto de Liubliana ter apenas quatro portas. Bem, se calhar chega, sei lá eu!
Waldorf