ARNALDINHO
Agora que Schwarzenegger é o mais forte candidato a governador da Califórnia penso ser a altura certa para manifestar a minha admiração pela cinematografia de Arnie.
Até ao dia do referendo, postarei aqui algumas recensões e análises de conteúdo dos filmes em que o Mr. Universo entrou e arrasou Hollywood.
COMMANDO
Filme onde se expõe o verdadeiro Matrix. Arnold Schwarzenegger. 1985. Coronel John Matrix. Filha raptada. Alyssa Milano, símbolo sexual anos mais tarde, é Jenny. Um ditador e poucas horas para salvar a filha. Filmes como este não se voltaram a fazer. Estes Matrixes novos, muito abichanadinhos com os seus efeitos especiais, deviam era ter vergonha. Jamais se retratou a existência humana de forma tão sublime e tão profunda. Um homem e umas metralhadoras sozinhos na selva sul-americana. O indivíduo e a sua finitude. A angústia kierkegaardiana no carregador automático. O pânico de perder a filha, clara alusão aos valores decentes da família nuclear. A raiva contra um ditador que oprime o seu povo, nítida referência aos sólidos pilares da democracia nos EUA.
A robusta interpretação do ex-Mr. Universo, com um inglês cristalino, oferece ao filme um oportunidade de o espectador se sentir absorvido pela complexidade múltipla dos sentimentos que provoca. Os diálogos são exemplares na subtileza do humor. Veja-se: “Lembras-te, Sully, que eu prometi matar-te em último lugar? Eu menti.” O génio. A rudeza e a ternura da ironia numa frase apenas. Numa das cenas mais famosas, Matrix pergunta a Cindy/Rae Dawn Chong (actriz de filmes memoráveis como The Squeeze, Chaindance ou Starlight) como aprendeu a disparar um lança-rockets. A resposta dela – “Li as instruções” – é um apelo à juventude americana para continuar a frequentar a escola e contribui, ao mesmo tempo, para criar hábitos de bom consumidor. Assim como é importante pedir sempre o livro de instruções na compra de qualquer produto, saber lê-lo pode dar muito jeito quando for preciso usar a arma.
Nenhum filme conjuga em apenas hora e meia tantas emoções e tantos ensinamentos.
STATLER
Agora que Schwarzenegger é o mais forte candidato a governador da Califórnia penso ser a altura certa para manifestar a minha admiração pela cinematografia de Arnie.
Até ao dia do referendo, postarei aqui algumas recensões e análises de conteúdo dos filmes em que o Mr. Universo entrou e arrasou Hollywood.
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Filme onde se expõe o verdadeiro Matrix. Arnold Schwarzenegger. 1985. Coronel John Matrix. Filha raptada. Alyssa Milano, símbolo sexual anos mais tarde, é Jenny. Um ditador e poucas horas para salvar a filha. Filmes como este não se voltaram a fazer. Estes Matrixes novos, muito abichanadinhos com os seus efeitos especiais, deviam era ter vergonha. Jamais se retratou a existência humana de forma tão sublime e tão profunda. Um homem e umas metralhadoras sozinhos na selva sul-americana. O indivíduo e a sua finitude. A angústia kierkegaardiana no carregador automático. O pânico de perder a filha, clara alusão aos valores decentes da família nuclear. A raiva contra um ditador que oprime o seu povo, nítida referência aos sólidos pilares da democracia nos EUA.
A robusta interpretação do ex-Mr. Universo, com um inglês cristalino, oferece ao filme um oportunidade de o espectador se sentir absorvido pela complexidade múltipla dos sentimentos que provoca. Os diálogos são exemplares na subtileza do humor. Veja-se: “Lembras-te, Sully, que eu prometi matar-te em último lugar? Eu menti.” O génio. A rudeza e a ternura da ironia numa frase apenas. Numa das cenas mais famosas, Matrix pergunta a Cindy/Rae Dawn Chong (actriz de filmes memoráveis como The Squeeze, Chaindance ou Starlight) como aprendeu a disparar um lança-rockets. A resposta dela – “Li as instruções” – é um apelo à juventude americana para continuar a frequentar a escola e contribui, ao mesmo tempo, para criar hábitos de bom consumidor. Assim como é importante pedir sempre o livro de instruções na compra de qualquer produto, saber lê-lo pode dar muito jeito quando for preciso usar a arma.
Nenhum filme conjuga em apenas hora e meia tantas emoções e tantos ensinamentos.
STATLER
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