quarta-feira, agosto 20, 2003

A MORTE SAIU À RUA
Morreu Sérgio Vieira de Mello. Foi assassinado por um atentado terrorista. Um atentado contra a sede da ONU. Os palermas do costume atribuem a culpa aos americanos.
Eu gostava de Vieira de Mello. Acima de tudo, parecia-me um ser humano decente. O seu trabalho ao serviço da ONU, salvo factos que desconheça, foi sempre um exemplo dessa decência. E a humanidade e a decência sempre irritaram os terroristas do mundo inteiro.
Em Jerusalém, um autocarro explodiu. Morreram 20 pessoas. Entre elas gente apenas anónima. Os cobardes da Jihad orgulham-se do facto. Nada, a não ser a morte, sossega e satisfaz estes terroristas. Esta gente não é, não pode ser, a gente por quem eu temo, por quem eu me comovo.
STATLER
PS: Não me venham com o argumento de cenários de guerra.
No Iraque, o atentado foi contra a ONU, organização que tudo fez e tem feito para minorar a predominância anglo-saxónica da intervenção militar no país.
Em Israel, o atentado foi para vingar a morte de um operacional. Matando dezenas de pessoas que talvez nunca tenham sequer combatido.
O terrorismo não é um cenário de guerra. É estúpido, é desumano, é desleal.