segunda-feira, setembro 22, 2003

CABAZES DISSO SÃO ELES...
Uns estudantes de Coimbra foram entregar ao Ministério da Ciência e do Ensino Superior rolos de papel higiénico no valor das propinas que terão de pagar. Pacheco Pereira insurge-se e pergunta como é que não passa pela cabeça destes rapazes levar livros nesse valor para mostrar ao ministro a quantidade de livros que não vão poder comprar para pagar as propinas. É fácil perceber a atitude dos estudantes. Primeiro, são ambos feitos de papel. Segundo, a maioria dos estudantes pega mais vezes em papel higiénico que em livros. Terceiro, o papel higiénico vem em branco e pode proporcionar umas óptimas cábulas.
O que me deixa perplexo é que tal demonstração não tenha sido feita com mais imaginação, utilizando o valor das propinas num cabaz de compras com todos os produtos fundamentais para a vida de um universitário, composto por:
- preservativos (para impressionar as raparigas; na realidade nunca se chegam mesmo a usar);
- cerveja (ajuda a arrotar à frente da polícia);
- papel de cozinha (função multiusos de papel higiénico, lenços, guardanapos e cortinados);
- pílula do dia seguinte (para negociar com um amigo enrascado por troca com duas grades de cerveja e três garrafas de vodka);
- vodka (porque sim);
- pão de forma (mantém o sabor e consistência mesmo depois de ganhar bolor);
- Playboy americana (para exercitar o inglês);
- vinho (qualquer colheita de qualquer região);
- vários pares de óculos escuros (para usar nas aulas e nas discotecas);
- senhas de combustível (para ir de carro à universidade que fica a trezentos metros);
- Gina's (para criar hábitos de leitura e aprender a escrever).
STATLER