domingo, novembro 16, 2003

VARIAÇÕES MURPHY-LENINISTAS DO "DOIS PASSOS ATRÁS, UM PASSO AO LADO"
(...) tudo o que podia correr mal, parece correr mal. Não se vêem os resultados esperados, o descrédito que caiu sobre as administrações americana e inglesa por causa das armas de destruição massiva (e por contágio sobre todos, como eu, que lhe atribuíram um papel fundamental na legitimação da intervenção) limita a sua acção, é cada vez maior o cansaço e hostilidade da opinião pública, a sensação crescente de um beco sem saída, a hesitação que se nota com a combinação entre o número de mortos e as manobras eleitorais americanas, tudo parece apontar para um falhanço de consequências devastadoras para este início do século.(...)
O hábito da autocrítica custa a perder! Mas óspois, temos o inevitável passo ao lado:
A única coisa que posso (e podemos) fazer é continuar a discutir e a defender as razões porque é preciso perseverar e não dar sinais de hesitação, ou melhor, não hesitar. Há caminhos políticos, militares e diplomáticos que, com firmeza, podem inverter a situação e corrigir os erros. (...)
Pois. Mas entretanto os ianques vão saindo de fininho e a ONU que vá lá com a esfregona, o sonasol e o balde limpar (com firmeza) a merda que eles deixaram.
ANIMAL