sexta-feira, dezembro 05, 2003

NO XADREZ OS PEÕES SÃO FRAQUINHOS MAS AJUDAM A GANHAR
Na Covilhã foram instalados semáforos em todos os cruzamentos da cidade, inclusive naqueles onde nunca, desde que aqui cheguei há 13 anos, vi um engarrafamento, uma espera superior a 10 segundos. Chamemos-lhe o preço do progresso. Há contudo, um problema maior que as esperas nos sinais vermelhos. Sõa as esperas nos sinais verdes. Porque os peões, a malta que anda a pé, não respeita um único semáforo para peões. Foram ensinados que quando há uma passadeira, eles têm prioridade. Esteja a luzinha à frente deles verde ou vermelha, as passadeiras na Covilhã servem para atravessar quando os peões querem. Resultado: parado no cruzamento porque o meu semáforo está vermelho, parado quando o semáforo está verde porque há peões que querem atravessar, parado porque o semáforo está vermelho outra vez, etc... Se fosse tão impulsivo a conduzir como fui outro dia nos comentários ali em baixo ou num Kentucky Fried Chicken em Málaga (nesse dia, rebaptizei o KFC de Kick the Fucking Chicken), já tinha atropelado, contabilidade optimista, 14 velhos, 5 adolescentes de mochila às costas, 7 paizinhos com filhos pela mão, 2 mãezinhas com filhos ao colo e umas 50 vezes o mesmo filho-da-puta que me está sempre a fazer a mesma coisa.
STATLER