OS EXEMPLOS VÊM DE CIMA
Santana defendeu alteração da legislação por forma a serem as câmaras a definir vencimentos.
ACTA Nº 1
Após leitura e votação da acta da reunião anterior, passou-se de imediato à discussão do único ponto da Ordem de Trabalhos: Fixação de vencimentos
O senhor presidente da Câmara começou por referir que não podia ser prejudicado financeiramente por ter sido eleito e que, portanto, o cargo deveria ser remunerado com um vencimento compatível com a responsabilidade que é exigida a um presidente de Câmara. O autarca sublinhou ainda ser uma pessoa despojada, um servidor do povo, cujo único anseio é ajudar o próximo e, por isso, o vencimento proposto teria como único objectivo permitir-lhe sobreviver com alguma dignidade. Para justificar a sua proposta, o presidente apresentou um relatório exaustivo das suas despesas.
Gastos fixos: pensões para filhos e ex-mulheres, prestações referentes a imóveis em Lisboa, Algarve e Figueira da Foz, leasing da viatura adquirida recentemente, água, luz, telemóvel e gel: 6.500 euros.
Outras despesas: refeições, vestuário e viagens: 5.700 euros.
Com base nestas despesas, o presidente propôs para si um vencimento de líquido de 15.000 euros, de forma a poder fazer um pequeno pé-de-meia para alguma dificuldade.
De seguida falou um dos vereadores a tempo inteiro que, em representação dos colegas, sublinhou o seu papel de simples ajudantes do presidente. Apesar do prejuízo pessoal, como sublinhou o senhor vereador, foi proposta uma remuneração correspondente a apenas 70 por cento do vencimento do presidente.
Passou-se de imediato à votação, tendo a proposta sido aprovada por maioria, com os votos contra dos vereadores da Oposição.
Na sua declaração de voto, o presidente pediu ao secretário que acrescentasse uma adenda à proposta: os vencimentos aprovados serão acrescidos de ajudas de custo, viatura com motorista e cartão de crédito ilimitado.
Terminada a sessão, foi aprovada uma minuta da acta para que a proposta entre imediatamente em vigor.
WALDORF