QUANTO AO MARTELO
Aquilo está a ficar quase tão chato como o Pacheco, pá. O homem só acorda quando é altura de dar uma alfinetada em alguém: desta vez a lotaria saiu ao Vera Jardim por causa de um artigo qualquer do Código do Processo Penal que ele publicou quando era ministro da justiça "mas que não teria reparado que lá estava, embora o tivesse publicado, mas que ainda vai a tempo de propor uma alteração..." aí, os olhinhos brilharam. Mas o clarão só aconteceu quando foi a altura de esquartejar o Arnault, o jovem secretário geral do PSD, que estaria muito bem se apenas se dedicasse ao Euro2004 e aprendesse a fechar o bico e não dar tiros nos pés. Um êxtase. Fiquei com a impressão que ele não tem o Arnaut em grande conta. Mas se calhar é só impressão.
Para mim, o momento alto da dissertação do Professor aconteceu quando, no calor da exposição, lhe salta um bruto perdigoto (ou algum pedaço do filete de pescada que tivesse ficado preso nos dentes) que, numa magnífica trajectória hiperbólica vai aterrar na mesa. Foi bonito. Tive pena que o realizador não tivesse feito replay em câmara lenta, mas não se pode ter tudo.
Foi assim.
ANIMAL