O CLIENTE TEM SEMPRE RAZÃO
Tendo ido a Coimbra, por questões de saúde, desloquei-me a um hipermercado com o objectivo de comprar ovos de Páscoa para a miudagem. Perante a vasta oferta, optei por um boneco com dois ovos às costas. Chegado à caixa, constatou-se que o produto não tinha preço e por isso o funcionário ligou para um colega.
- Olha lá, traz-me um desses cangurus com dois ovos de Páscoa às costas, sff.
Eu olhei outra vez para o boneco e disse-lhe:
- Olhe que isso é um coelho, um coelho de Páscoa.
- Ná! Olhe aqui, só pode ser um canguru porque tem um bolso à frente.
Olhei para o coelho e, realmente, o boneco tinha umas calças com um bolso à frente mas, definitivamente, era um coelho. Reparei então que o empregado vestia um avental com um bolso à frente. Apontei-lhe para o bolso e disse:
-Epá, o senhor também tem um bolso à frente e não é um canguru!
Com este argumento o homem pareceu convencido, mas só quando o colega lhe trouxe o boneco e disse – Aqui tens o coelho – é que ele se convenceu.
- Olhe, afinal é mesmo um coelho, disse com um ar algo surpreendido o empregado canguru.
WALDORF