STATLER,
Aqui está.
Já agora, uma prosa sacada do food-i-do.
"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas" Jesus, In Mateus 23
Reparei que a direita blogosférica anda muito empenhada em tentar justificar o injustificável. Atiram-se a tudo o que possa ter sido tortura para branquear a cobardia americana. Vasculham o passado, recente e não só, de outros protagonistas, procurando com isso apaziguar o sentimento de contestação que grassa em tudo o que é meio de opinião. Não lhes custava nada terem ficado apenas pela admissão dos factos e consequente condenação. Não chegou. Foi preciso vasculhar a merda seca do passado. Foi necessário dizer bem alto: outros o fizeram. Nós já sabemos que outros torturaram (até podíamos ir à história dos descobrimentos para sacar disso evidencias). O que importa saber é que não basta uma potência apresentar-se ao mundo como sendo os “salvadores” ao serviço da democracia. Não é suficiente. É necessário comportarem-se como tal. É urgente perceberem que o mundo está cansado de vilões. O mundo precisa de actos sérios e justos. O mundo está cansado de tantos fariseus.
E outra, do Zé Mário:
Depois das sevícias a prisioneiros iraquianos, fotagrafadas e filmadas na prisão de Abu Ghraib, chega a resposta fundamentalista, ainda mais terrível e brutal.
Na balança da barbárie, a contabilidade é mórbida: homens nus, torturados e humilhados vs uma cabeça sem corpo. É a velha história: o dente por dente, o olho por olho. A velha lógica distorcida. O velho ciclo infernal. E a mesma certeza: não há horror que justifique outro horror. Nem lucidez que apague os infinitos rastilhos.
Entretanto, de choque em choque, sem podermos fazer nada, olhamos para os ecrãs de TV, para as notícias da Net, pressentindo no ar uma espécie de fel, de maldade sem freio, a invadir o mundo.
É que já estou a ficar ligeiramente fodido com esta coisa da minha tortura ser maior que a tua.
ANIMAL
Aqui está.
Já agora, uma prosa sacada do food-i-do.
"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas" Jesus, In Mateus 23
Reparei que a direita blogosférica anda muito empenhada em tentar justificar o injustificável. Atiram-se a tudo o que possa ter sido tortura para branquear a cobardia americana. Vasculham o passado, recente e não só, de outros protagonistas, procurando com isso apaziguar o sentimento de contestação que grassa em tudo o que é meio de opinião. Não lhes custava nada terem ficado apenas pela admissão dos factos e consequente condenação. Não chegou. Foi preciso vasculhar a merda seca do passado. Foi necessário dizer bem alto: outros o fizeram. Nós já sabemos que outros torturaram (até podíamos ir à história dos descobrimentos para sacar disso evidencias). O que importa saber é que não basta uma potência apresentar-se ao mundo como sendo os “salvadores” ao serviço da democracia. Não é suficiente. É necessário comportarem-se como tal. É urgente perceberem que o mundo está cansado de vilões. O mundo precisa de actos sérios e justos. O mundo está cansado de tantos fariseus.
E outra, do Zé Mário:
Depois das sevícias a prisioneiros iraquianos, fotagrafadas e filmadas na prisão de Abu Ghraib, chega a resposta fundamentalista, ainda mais terrível e brutal.
Na balança da barbárie, a contabilidade é mórbida: homens nus, torturados e humilhados vs uma cabeça sem corpo. É a velha história: o dente por dente, o olho por olho. A velha lógica distorcida. O velho ciclo infernal. E a mesma certeza: não há horror que justifique outro horror. Nem lucidez que apague os infinitos rastilhos.
Entretanto, de choque em choque, sem podermos fazer nada, olhamos para os ecrãs de TV, para as notícias da Net, pressentindo no ar uma espécie de fel, de maldade sem freio, a invadir o mundo.
É que já estou a ficar ligeiramente fodido com esta coisa da minha tortura ser maior que a tua.
ANIMAL
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