EM RESPOSTA AO ABRUPTO
Só há uma maneira de impedir o que parece um curso inexorável: que quem deve falar fale. Que diga alto e bom som, o que pensa e o que diz em privado. Que quem tem autoridade para falar, e muita gente a tem, que fale. Que haja debate e controvérsia. Que se perceba que não há nenhuma unanimidade, bem longe disso. Nem maioria. Eu estou um pouco farto de o fazer sozinho e de arcar com as consequências. Mas fá-lo-ei, sozinho que seja. Porque, nestes dias, quem cala consente.
ó Pacheco pá, eu não tenho autoridade nenhuma, não tenho voto na matéria, não tenho nada a ver com o que se está a passar e também não abdico do meu direito constitucional de dizer (e escrever) as minhas bacoradas. Que são só minhas. Não calo nem consinto. Embora tenha a nítida sensação que não adianta nada. O que está a ser cozinhado, cozinhado está. Só nos resta comer. Não há menú alternativo.
ANIMAL