sexta-feira, fevereiro 04, 2005

JOGO POLÍTICO
Não vi o debate, mas ouvi-o no rádio do carro. E analisado nesta perspectiva, o debate de ontem foi em tudo igual a um jogo de futebol. Os jornalistas descreveram pormenorizadamente o terreno de jogo (o estúdio), falaram das regras (os semáforos), do árbitro (Rodrigo Guedes de Carvalho) e dos adeptos.
Ao intervalo e no final houve comentários dos especialistas (Carlos Magno), dos adeptos e dos jogadores.
O empate final penaliza os dois candidatos, com um e outro a mandarem muitas bolas à trave. A arbitragem pareceu-me demasiado rigorosa e com muitas interrupções de jogo.
Resta dizer que começa a ser enjoativo ouvir alguns comentaristas repetirem incessantemente que os actuais políticos não têm ideias, são muito previsíveis, etc, etc. Bem, no caso da previsibilidade estamos de acordo. Tão depressa não aparece ninguém tão imprevisível como Freitas do Amaral, por exemplo: Funda o CDS, apela ao voto no PSD, depois pede uma maioria PS e, imagine-se, ontem apresentou um livro de Garcia Pereira. Não há dúvidas que é um político com um “drible estonteante”, para usar um termo do futebol.
WALDORF