DESEMPREGO
Enviados pelo Centro de Emprego, os dois homens eram candidatos a uma vaga para delegado comercial naquela empresa.
O primeiro entrevistado não preenchia os requisitos mínimos necessários para a função, por isso a entrevista foi curta. O director assinou o papelinho do Centro de Emprego e ele saiu porta fora.
O segundo era mais promissor. O candidato revelou boas capacidades para a função e, por isso, a entrevista prolongou-se. Até que o homem interrompeu o director da empresa, dizendo.
- Desculpe lá, mas eu tenho umas coisas para fazer. Tenho de sair já.
- Mas … a entrevista está a correr bem e poderemos estar interessados nos seus serviços!
- Ó doutor, mas ainda não percebeu que eu só quero o papelinho do Centro de Emprego assinado. Eu não quero trabalhar aqui, só vim porque me mandaram. Ainda tenho mais oito meses de subsídio e não vou perdê-los, não é?
- Muito bem, então pode sair.
- E não me assina o papel?
- Não.
Segue-se uma acesa discussão, com muitos palavrões à mistura.
Coisas como esta também contribuem para que o número de desempregados continue a aumentar.
WALDORF