sexta-feira, junho 02, 2006

ESTRATÉGIA DA CADEIRA NOS CORNOS
Contribuinte agride chefe de Finanças.
Só nunca fiz o mesmo porque sou franzininho, fraquinho de sangue e habilitava-me a levar uma carga de porrada. Só por isso, que vontade não me faltava.
ANIMAL

23 comments:

Blogger Bottled (em português, Botelho) said...

E eu só nunca o fiz porque fujo das Repartições de Finanças como o Diabo da Cruz!

Mas, se um dia lá tiver que entrar, eles que tirem as cadeiras do gabinete do homem, porque já há precedentes e eu não posso ver nada, que sinto logo uma imensa vontade de imitar os bons exemplos.

PS - Proponho um louvor à vítima (da penhora, é claro) como cidadão e a criação da figura do contribuinte exemplar, na qual a mesma vítima encaixa na perfeição.

10:19 da manhã  
Blogger Alexandra said...

Ó Fin tu defende a honra do convento pá!

10:59 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Ah Trigue! Devia haver mais assim...

11:18 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

E comigo teria acontecido o mesmo.

O Chefe é um refinado filho da puta. Então com uma dívida de 93 euros, os 250 da conta bancária não chegaram ? Foi preciso humilhar o homem com a penhora da casa e do terreno ?

Infelizmente há muita merda dessa por aí na função publica. Dão-lhe um pouco de poder e os gajos armam-se em sheriffes...Até encontrarem um maluco que lhes vá aos cornos.

Querem apostar que este chefe de Finanças vai passar a ter mais cuidado com as penhoras não vá aparecer-lhe á frente outro maluco...?

Além do mais, o chefe poderia ter penhorado, por exemplo, uma retrete dos arbitros...

11:21 da manhã  
Blogger Eric Blair said...

Ainda só 4 é que mandaram bitaites, mas serve já como reflexo do país em que vivemos. Eu quero que o chefe das finanças se vá foder 3 vezes, mas o certo é que se o outro gajo não devesse nada não lhe penhorariam coisísima nenhuma.
Mas, neste país, a razão está sempre do lado dos incumpridores.

11:29 da manhã  
Blogger Animal said...

no meu caso foi mais engraçado: eu não devia nada e foram-me penhorar a casa, mas como era funcionário público, optaram pelo mais fácil e avançaram para a penhora do salário. para não o fazerem, paguei os 500 e tal contos que não devia e dois anos depois recebi-os de volta. sem juros. nem um mísero pedido de desculpa.
isto não era uma cadeira nos cornos: era a fábrica do IKEA inteira enfiada pelo esfincter acima. e sem lubrificante.

11:54 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

"Mas, neste país, a razão está sempre do lado dos incumpridores"

Não meu caro, a razão está sempre do lado de quem tem o poder, tenha ou não razão.

Essa é que é a triste sina de se ser português.

11:57 da manhã  
Blogger Sérgio Mak said...

E a cadeira, ficou bem?

12:12 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O meu caso ainda é mais engraçado... se não fosse trágico.
Não chegaram a vias de facto mas quase na questão das penhoras.
Primeiro porque supostamente deveria de IRS cerca de 2.500 euros quando na verdade o erro de lançamento de um anexo tinha sido cometido pelos serviços e eu tinha sim de receber 1.500.
Levei dois anos a prová-lo fundamentadamente com alguns "trejeitos de insultas velados" nas cartas que lhes escrevia.
Depois de resolvido o caso com a devolução que me era devida vieram com outra de dez anos atraz de um suposto imposto autarquico que deveria quando na altura eu fiz prova que não devia e me tinham dado razão.
Razões apontadas para estes dois factos:
reestruturação informática.... a mesma que tinham dado dez anos atraz.
Ameaçados de processo judicial e insultados de incompetentes laxistas "descobriram" um pouco antes de me penhorar que afinal eu não devia nada.

12:32 da tarde  
Blogger Animal said...

pá, temos de ver esta merda com um sentimento positivo: se não fossem estas porras a apimentar as nossas cinzentas existências o que seria de nós? hã? à falta dos "momentos de ódio" que o Orwell propunha no milnovecentoseoitentaequatro, sempre temos os gajos da finanças para odiar. se não fossem eles, ainda nos púnhamos a odiar os gajos da selecção de futebol. e ninguém quer isso pois não? era a nossa própria razão de existir que estavamos a pôr em causa...

12:48 da tarde  
Blogger Eric Blair said...

Pronto, eu confesso: há uns anos recebi um vale de 1 escudo, por ter pago essa quantia a mais na contribuição autárquica. Preferi ficar com o prejuízo e guardar essa relíquia. O valor do selo da carta era 30 ou 40 vezes superior.
Concordo convosco e estou do vosso lado, apenas acho que na maior parte dos casos é estupidez pura e incompetência exarcebada.

ps.(r) o gajo devia ou não os nobentaetrêseuritos?

1:42 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Só tenho pena da cadeira...

Claro que este é apenas um exemplo dos abusos feitos por essa corja que mina a função publica. Só é pena que junto a essa corja tenham de trabalhar alguns desgraçados que têm de mostrar os dentes ao chefe... senão ainda ficam supracoisos...

5:03 da tarde  
Blogger Aves Raras said...

Ora se o bom homem foi sodomizado pelo chefe da repartição, é natural que se tenha exaltado um bocadinho, não?

5:47 da tarde  
Blogger Aves Raras said...

Oh Animal, a mobília toda do IKEA ainda é comó outro; agora, sem lubrificante? Nem um óiliozinho da revisão do chasso?

5:52 da tarde  
Blogger ahmaro said...

Oiliozinho da revisão do chasso? E se fôr vazelina (com areia, claro) num serve?

9:58 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ó Animal, móveis do IKEA não. O contraplacado é muito frágil e ainda se partia a meio do processo. Eu sugiro móveis em madeira maciça, tipo pau-preto. Até podes aproveitar a promoção do Mundial em Paços de Ferreira (caso a selecção ganhe, claro, senão podes mandar a conta à própria repartição de Finanças)...:)

11:01 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não estou com isto a apoiar o que aconteceu. A existir tal dívida, o contribuinte só tinha de a pagar e/ou reclamar. Mas gostaria de conhecer a justificação do chefinho das Finanças para fazer penhoras de valor muito superior à dívida com juros...

11:11 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Pronto, eu tenho de explicar tudo.
Parece-me que poderá ter havido exagero mas:

Quais as hipotecas e penhoras (inclusivé as resultantes de processos movidos por particulares como eu e vocês ) que estavam registadas na casa e terreno ? Suponhamos que a casa vale 20.000, o terreno 10.000 e há uma hipoteca de 30.000 a abranger os dois . Não sobra nada para as Finanças após a venda.
Era o único processo do senhor ? É que poderia não ser e a dívida ser muito superior, nesses casos penhora-se tudo em todos os processos.
Quando se penhora uma conta bancária notifica-se a entidade bancária de que a conta está penhorada e pede-se que informe o saldo, ou seja, as Finanças não sabem qual o dinheiro na conta, muitas vezes não é nenhum.
Não acham estranho alguém que tem uma casa e um terreno de 7000 metros quadrados apenas ter 250 euros no banco ?

Quanto aos valentões que aqui comentam fazem-me lembrar o gajo com quem fui ter na quarta feira e que apareceu com quatro capangas. Felizmente eu que por norma ando sozinho desconfiei e exigi que mais dois colegas me acompanhassem. Não o tivesse feito e o mais provável seria não conseguir escrever este comentário. Não ia penhorar nada, apenas comunicar-lhe a existência de uma dívida que ele próprio reconheceu depois.

Animal, infelizmente em casos como o teu se não requereres o pagamento de juros ninguém tos dá. Informa-te se terás direito a eles e como os requerer. Isto se não foi fruto de algum engano teu em declaração ou falta de apresentação de documentos. Creio que esse juro ronda actualmente os 4% ao ano contados ao dia. Mas informa-te que não estou bem certo.

1:42 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Mas para juntar á "eficiência" destes burocratas eivados de "autoridade" recebi em 2005 notificação para pagar contribuição autarquica (IMI) referente a 99/2000/2001/2002/2003/2004 de um ereno que comprei em principio de 2004.
Acompanhado da documentação comprovativa liquidei a de 2004 que me cabia, sendo que o "colega" das fin queria cobrar-me os juros de mora porque..... imagine-se.... tinham notificado a proprietario errado e a mim fora de prazo.
O mais grave ainda é que tinham aceite ( não sei porque meios) a "explicação" do anterior proprietário não lhe tendo cobrado os anos anteriores.
Isto é que é eficiencia......
No caso noticiado não teria mais do que pagar, se era devido. Muito menos agredir ainda por cima sendo devedor e não tendo cumprido com as obrigações.
Mas nos casos relatados por mim e pelo numero de vezes que me fizeram deslocar, pelas arrelias e desinformação dos funcionários que me atenderam, pelos custos que tudo isso teve... alguem foi.... provavaelmente promovido pela sua valentia na eficiencia.
Ora essa!!!!
Ora essa.....

1:22 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

* de um Terreno... ops

1:24 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Fin,

Acrescentaste a hipotese com mais dívidas, alteraste os factos conforme estavam relatados só para justificares o que dizes. oU seja, acabasste por falar de coisa diferente.

Pelos vistos andas a fazer penhoras. Alguém as tem que fazer. Deste "valentão" e de todos os outros que aqui se manifestaram não terás qualquer receio, desde que faças a penhora pela medida justa, legal e proporcionada, ou seja, pela quantia exequenda, juros e custas prováveis.

Agora se exagerares manifestamente, penhorando muito para além do que é necessário, - o que viola a lei, como sabes - para achincalhar o devedor, para exerceres, em abuso óbvio, um poder legal que só podes praticar com contenção e equilíbrio, obviamente que nem os teus "dois acompanhantes" te salvarão. Arriscas-te. Porque as pessoas estão fartas de ser violentadas na sua vida de cidadão. E perante os excessos, perdem a cabeça.

E já que és do ramo - pelo que dizes - sabes perfeitamente que há fiscais de finanças que, por pura maldade ou capricho pessoal, presumem rendimentos aproveitando-se da amplitude que a lei lhes confere, que praticam actos - entre os quais as penhoras -, aproveitanndo-se da cobertura da lei, mas apenas para mostrarem que tem poder, que são eles que mandam, ou seja, para compensarem a falta de tesão que têm em casa.

E sabes perfeitamente que a um funcionário de finanças que tenha um dissabor pessoal na sequencia de uma penhora abusiva, não faltarão colegas que murmuram: é bem feito, isto é trabalho, não é para ver quem tem a pila maior.

Se és do ramo como deixas transparecer, sabes perfeitamente que é assim. Há alguns gajos nas finanças que transformam o serviço em exercícios de poder e de personalidade. Embora a maioria assim não seja.

11:13 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Saudações da Função Publica:
1 - Bom dia, como lhe posso dificultar a vida?
2 - Bom dia, como lhe posso estragar o dia?

1:10 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Fin: Oliveira de Frades não é Lisboa. É uma vila do distrito de Viseu. Por isso, não é de estranhar que o agressor tenha um terreno de 7000 m2 e uma casa, mas apenas 250 € no banco. 1º, como deves saber, no nosso meio rural, mais do que ter um carro topo de gama, uma casa com piscina, viagens a Cuba e dívidas em tudo quanto é sítio, as pessoas tentam investir em terras (sobretudo se a agricultura for a principal fonte de receitas). 2º, 7000 m2 em Oliveira de Frades não têm o mesmo valor que em Lisboa, Porto ou Coimbra. 3º, não sei a idade do agressor, mas sei que as pessoas de determinada faixa etária não confiam nos bancos e optam por ter o mínimo depositado, preferindo o método do colchão, com todos os riscos associados. Também há aqueles que, com um aforrozinho muito mais simpático, optam por pô-lo a render numa "offshore". Isto para dizer que não me causa admiração o facto de só estarem 250 € na conta. Mas ainda bem que eram só 250 €, pois se mais houvesse...Mais uma vez reitero: os fins não justificam os meios, tanto da parte do agressor como do agredido. Mas também convém que não nos coloquemos a jeito de levar...

7:31 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home